30 de março de 2014

IRMãO



Corra meu irmão, corra!
Precisamos ir mais rápido,
vamos romper os limites
que nos impuseram.

Meu grande amigo.

Tantas foram as desventuras,
brigas e tombos, mas nosso
amor sempre suprimiu a cólera.

Sua musica me acalmava
e afastava os espíritos que
perturbavam minha paz.

Nossas brincadeiras não nos
preparam para as dores
desse mundo, todavia
as dores não foram
fortes o bastante
pra calar nossos
risos.

Se eu cair, me ajude a levantar.
Se me ver chorar, não pare irmão.
Te ver correr me da forças para
continuar seguindo.

Sempre adiante, de tentativa
em tentativa.

Enquanto eu puder dizer
sempre conte comigo.

Eu estarei aqui.


Jordão Tomaz

MãE



Melhor recolher as roupas
do varal, os trovões
retumbam a vinda
de um temporal.

Tire esses pés do chão,
coloque um chinelo,
feche as janelas e
cuidado com os raios.

Espie pela fresta da cortina
os pingos pesados deixarem
cinza, as cores verde e azul.

Grave bem esse cheiro.

Vá se deitar na sua cama,
deixe o repicar da chuva
no telhado embalarem
seu sono.

O bolo ainda não esta pronto,
adormeça filho. Logo a chuva
vai passar e você vai poder
brincar lá fora.

Ela sempre passa.

Quando a mesa estiver posta
irei te despertar do seu sono.


Jordão Tomaz

IRMã



Seu cabelo rajado de
castanho e dourado.

Você guiava meus passos
em meio as trilhas, até
as flores e amoras.

Minha primeira amiga.

Vivemos tantas aventuras
a sombra daquele
abacateiro.

Tantos planos e  segredos,
que de tao bem guardados
em nós se perderam.

Seu sorriso sempre perfeito.

Riamos tanto daquelas
brincadeiras. Quando
dormia comigo, eu não
sentia medo do escuro.

Crescemos irmã,
crescemos.

Que dias agradáveis
aqueles.

Jordão Tomaz

9 de março de 2013

OASIs EN EL INFIERNO


Palabras de amor sucumbe ante
          La ternura de su mirada.

El placer que la vanidad y la lujuria
Proporcionar no es igual a toque
De su mano que transpone mi piel
Condenada a morir dias después
                                 Del día.

Es un amor que siento en mi alma,
Es un sentimiento que esta libre de
Explicaciones y la gravedad de
nuestros cuerpos.



Ernesto Rosa

6 de março de 2013

TEmPO


O tempo que se esvai entre meu abrir e fechar de olhos
É mais rápido que o meu suspiro de saudade, mais forte
Que minhas forças para construir um lugar seguro.

Ele é um vento forte que arranca meu telhado e
Não poupa nem as estacas que sangram o chão.

Seu grito me desnuda, tenho comigo apenas poucas palavras
Escritas na mão esquerda para não me esquecer de você.

Mentiroso como sempre com suas promessas de um futuro
Melhor e quando não nos engana, ameaça usando fotos
                            Antigas de um eu que já morreu.

Culpa e dor refletidas sobre o espelho de um rio de água
Serena e cristalina que só existe na confusão de meus
Pensamentos, isso é o que restou para
Essa tarde de céu nublado.

Quanto tempo mais vai se passar?

Quantas chances mais nós vamos dar para ele nos matar?

 Até que você queime meu corpo com seu abraço
E refrigere meus temores com um beijo gelado.
 Que de tão frio congele e mate o tempo que
Aprisiona nossa historia de amor dentro
             De anos, corpos e palavras.



Lília Jornél

21 de janeiro de 2013

NINGUÉM aBRE


Trovões batem a porta
Desejando se abrigar
       Da impetuosa
Tempestade

Ninguém não lhes
Abre a porta.

Ninguém tem medo
Que eles sejam
Como suas
Vozes.


Jordão Tomaz